Nós por Vila Franca... - Por Jorge Santos António

Deixo aqui um agradecimento ao jornal Vida Ribatejana por ter publicado o email enviado!

Texto enviado por Jorge Santos António para a Presidência da Cãmara de Vila Franca, Ministério do Ambiente, Delegação de Saúde Ambiental, SIC, TVI, jorgais regionais, etc...



Exmos Srs.:

Venho pelo presente manifestar a minha insatisfação e repugnância em relação ao que se passa na antiga fábrica do arroz, em Vila Franca de Xira.

Em Outubro do ano passado foi inaugurado o passeio pedonal "ribeirinho", entre Alhandra e Vila Franca, obra louvável e de bastante utilidade. Estranhamente, a obra parou numa vedação que tem um portão, que está trancado. O facto do portão estar trancado não impede a população de passar por ali, pois como não se pode passar pelo portão, as pessoas passam pela margem do rio, contornando a vedação.

A minha primeira pergunta: QUAL A RAZÃO DO PORTÃO ESTAR FECHADO, UMA VEZ QUE, ESTANDO ABERTO, OFERECIA MENOS PERIGO PARA AS PESSOAS PASSAREM?

Mas voltando ao assunto do email:

A antiga fábrica do arroz, na margem do rio Tejo, é frequentada por toxicodependentes e sem abrigo. Os habitantes de Vila Franca, que entram para o passeio ribeirinho através da fábrica, deparam-se com COBRAS, MUITO LIXO, TOXICODEPENDENTES, SEM ABRIGO, UM CHEIRO INSUPORTÁVEL, UMAS RUINAS EM ESTADO LASTIMÁVEL.

A minha segunda pergunta: POR QUE RAZÃO NÃO É VEDADO O ACESSO À FÁBRICA DO ARROZ?

Continuando a epopeia, no outro dia, quando ia fazer uma pequena caminhada até Alhandra com um amigo meu, deparei-me com 2 SEM ABRIGO/ TOXICODEPENDENTES a despejarem um SACO COM LIXO (garrafas, pacotes de leite, entulho) para o rio. Fiz-lhe um reparo ("Ó pá, isso não se faz, achas que agiste bem?") e recebi como troco: Ó chefe, não tenho nada a ver com isto.
A minha primeira reacção foi ir à PSP, mas duvido que surtisse algum efeito. A maré estava vazia, quando regressei estava cheia e viam-se, uma boa dezena de garrafas a boiar que nem mensagens de um náufrago. E pacotes de leite, e sei lá mais o quê.

A minha terceira pergunta: POR QUE RAZÃO OS TOXICODEPENDENTES FREQUENTAM AQUELE SÍTIO?

e junto a quarta pergunta: AS AUTORIDADES (CÂMARA E POLÍCIA) NÃO SABEM O QUE SE PASSA ALI E QUEM FREQUENTA O SÍTIO?

Ainda no outro dia vi um carro, que entrou "que nem um Fittipaldi" para a fábrica. Uns dias mais tarde, estavam 3 indivíduos com uma motosserra a cortar barrotes de um telhado que ruiu. Já lá morreram pessoas, um deles toxicodependente que, segundo diz o povo, foi assassinado num ajuste de contas, num sofá velho.

Passo então à quinta pergunta: COMO É POSSÍVEL ENTRAREM VEÍCULOS ALI?? E não foi só um, pois até montes de entulho resultantes de obras já lá encontrei...

Provávelmente este e-mail cairá em "saco rôto" junto da autoridade local, mas cá estarei para voltar a protestar, as vezes que forem necessárias. Não custa muito solucionar o problema da fábrica do arroz... Por exemplo: que tal fecharem tudo aquilo com umas boas fiadas de tijolo de modo a que NINGUÉM lá entre? Que tal demolirem aquilo? Sempre davam trabalho a um construtor, ou a funcionários da Cãmara, da Junta... Aproveito para deixar uma sugestão para aproveitamento do local: UM PARQUE DE ESTACIONAMENTO, que tanta falta faz... e que poderia trazer receitas para a Câmara/ Junta de Freguesia.

Vejam, Senhores Vereadores, não custa nada puxar pela cabeça e tirar umas ideias, mesmo que fraquinhas, mas que PELO MENOS TRAZEM RECEITA PARA A CIDADE!!!

Recomendo os meios de comunicação a fazerem uma visita ao local e aproveito para dizer à Srª Maria Da Luz Rosinha que este local existe em Vila Franca (calculo que já tenha conhecimento disto à muito tempo), mas falam-se nos interesses, não é verdade?? Interesses existem em todo o lado, veja-se o caso do Matadouro, o páteo da Construtora Vilafranquense, o estacionamento debaixo do viaduto da A1 junto à Quinta da Mina (Enganei-me, aquilo é o urinol de Vila Franca...)

Envio em anexo uma pasta com fotos que tirei no local, durante uma das minhas caminhadas. Volto a salientar que o local serve de passagem para muitas pessoas durante o dia.

Espero que este meu e-mail sirva para vos alertar para a situação, que é um atentado à saúde pública. Espero também ver algo fruto das minhas reclamações/ sugestões... Estamos em ano de eleições, vamos lá a agradar os eleitores, Senhora Presidente!

Cumprimentos.